Segundo ele, nesta fase da vida, são bastante comuns alterações menstruais, mudanças de humor, redução da libido e dificuldades para dormir, entre outros sinais
Dados da Federação Brasileira
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) mostram que 60% e 80%
das pessoas com sistema reprodutor feminino sofrem com ondas de calor intenso
durante a menopausa. Nesse período, também ocorrem alterações menstruais,
mudanças de humor, redução da libido e dificuldades para dormir, entre outros
sinais. Mas, o que pouca gente sabe é que, quando surgem esses sinais, ainda não
é a menopausa e, sim, o climatério.
Segundo o professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), Washington Neves, esse período da vida dessas pessoas é bastante contestado. Por isso, ele elucida que existem algumas diferenças entre menopausa e climatério, comumente confundidos por conta dos sintomas.
“A menopausa é definida como a
ausência completa das menstruações em um período sequencial de 12 meses,
portanto, é considerada a última menstruação. Já o climatério é o período que
antecede e pode persistir por anos, caracterizado pelas fases perimenopausa e
pós-menopausa, nas quais as alterações endócrinas e clínicas se fazem
presentes”, explica o docente.
Algumas pessoas, por exemplo,
podem sentir ondas de calor, acompanhadas de transpiração, tonturas e
palpitações; sudorese prejudicando o sono; depressão ou irritabilidade;
alterações nos órgãos sexuais, como coceira, secura da mucosa vaginal;
distúrbios menstruais; diminuição da libido; desconforto durante as relações
sexuais; diminuição do tamanho das mamas e perda da firmeza; diminuição da
elasticidade da pele, principalmente da face e pescoço; aumento da gordura
circulante no sangue; aumento da porosidade dos ossos tornando-os mais frágeis.
Esses sinais podem começar até
três anos antes do período previsto para a última menstruação, entre 47 e 50
anos, causados pela falta do principal hormônio feminino, o estrogênio, que é
produzido pelos ovários. “O estrógeno é um modulador do balanço energético e
metabólico, proporcionando um maior consumo de energia e o seu déficit
determina o acúmulo na região abdominal”, aponta.
“O baixo nível de estrógeno e progesterona durante a menopausa aumenta os níveis de serotonina (hormônio do prazer) e a ingestão de doces passa a ser compulsória”, acrescenta Washington.
Embora seja uma fase natural
da vida dessas pessoas, é importante ter o acompanhamento de um ginecologista
para a prescrição de tratamentos como a reposição hormonal, que ajudam na
qualidade de vida. Algumas medidas podem ajudar a enfrentar essa fase: beber
bastante água, principalmente após exercícios físicos, usar roupas leves e
procurar ambiente fresco e ventilado, praticar exercícios leves regularmente,
evitar fumo, álcool ou outras drogas, fazer refeições mais leves e mais frequentemente,
tomar sol.
"Além disso, as
orientações e condutas a serem adotadas por profissionais atuantes nas
respectivas áreas, como endocrinologista e ginecologista, serão determinantes
para o sucesso terapêutico tão necessário”, conclui o professor de Medicina.
|Fonte: Assessoria de
comunicação
||Foto: Ilustração