SMS, por sua vez, alega que faltou cuidado da vereadora na busca de informações sobre funcionamento do SUS na capital
Supostos problemas enfrentados
por usuários da Unidade Básica de Saúde Adel Nunes, localizada no bairro
América, Zona Oeste de Aracaju, foram denunciados pela vereadora Sheyla Galba
(Cidadania), nesta terça-feira, 12. Segundo exposto pela parlamentar, a UBS
está com falta de medicamentos básicos, como Omeprazol e Benzetacil. Ela também
pontuou que, conforme relatado pela população local, há dificuldades na
marcação de consultas nas áreas de odontologia, pediatria e ginecologia.
“Tem usuários aguardando há
quase um ano para fazer um exame, é um absurdo. Pessoas morrem aguardando um
diagnóstico. Essa situação é inaceitável. “Parece que a unidade apenas está ali
aberta, mas não compre sua fundação principal que é a de levar serviços básicos
de saúde à população. Até quando isso prefeito?", disparou a parlamentar.
Para a vereadora, é necessário
que haja uma melhor organização na gestão da saúde da capital, com foco na
diminuição de problemas como esses. "É preciso que essa realidade mude e
que a gestão da Saúde em Aracaju seja feita sem que estas falhas aconteçam.
Isso não é brincadeira. São vidas, são cidadãos que merecem respeito”,
acrescentou.
No entanto, a Secretaria Municipal
da Saúde (SMS) pontuou que a vereadora “publicou acusações sem buscar
minimamente informações sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde na
Capital”. “É importante esclarecer os pontos levantados pela parlamentar, a fim
de manter a transparência da gestão, sobretudo na questão do controle social”,
disse a pasta.
Neste quesito, a SMS informou
que, na unidade em questão, “há quatro Equipes de Saúde da Família (ESFs)
completas e uma equipe de Saúde Bucal para atender 16.024 usuários cadastrados
daquela região”. “A SMS elucida que o modelo proposto do Governo Federal, por
meio do Ministério da Saúde, não prevê financiamento de profissionais
especializados nas Equipes de Saúde da Família. Portanto, quaisquer outras
especialidades são reguladas para unidades de referência, como nos casos da
pediatria, ginecologia e odontologia pediátrica, que são reguladas para as UBS
de referência, o Centro de Acolhimento e Atenção à Saúde da Mulher (CAASM) e o
Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), respectivamente”, explicou.
Outro ponto levantado pela
Secretaria tem relação aos encaminhamentos para as especialidades apontadas
pela vereadora Sheyla Galba. “Para tais especialidades somente são realizados
pelos profissionais médicos clínicos que detectarem a necessidade de avaliações
mais especializadas. No mais, todos os médicos clínicos estão aptos a fazer os
primeiros atendimentos nas UBSs”, detalhou.
Ainda de acordo com a SMS, nos
primeiros quatro meses deste ano, já realizou 246.703 atendimentos somente na
rede de atenção básica, sendo 5.160 apenas na UBS Adel Nunes. “Dos atendimentos
gerais, 4.122 foram com médicos pediatras nas UBSs de referência”, reforçou.
Já sobre o medicamento
omeprazol, destacado pela vereadora, a Secretaria relatou que a empresa
fornecedora do insumo solicitou um prazo para regularização do abastecimento em
até 12 dias, alegando problemas logísticos ocasionados pela pandemia. “A SMS
informa ainda que todos os trâmites burocráticos para o recebimento do remédio
já foram realizados, incluindo notificação da empresa e emissão da nota de
empenho. Sobre a marcação de exame de tomografia da cabeça, a SMS informa que
não há filas para este procedimento na regulação do município”, concluiu.
|Por John Santana/Da equipe De
Hoje
||Foto: Reprodução/Internet