Deputados querem que familiares de Genivaldo de Jesus sejam indenizados

Petistas protocolaram pedido para que a viúva da vítima seja indenizada e receba pensão pela morte do marido

Os deputados federais, Márcio Macêdo, João Daniel e Reginaldo Lopes, ambos do PT, apresentaram, na Câmara dos Deputados, em Brasília, um Projeto de Lei que visa indenizar a família de Genivaldo de Jesus Santos, morto na última quarta-feira, dia 25, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Umbaúba, Centro-Sul de Sergipe. 

De acordo com Márcio Macêdo, o homem, de 38 anos, foi "vítima de tortura e morte" e, por essa razão, se faz necessário que a esposa do sergipano,  Maria Fabiana dos Santos, "venha receber uma pensão indenizatória como uma das formas de o Estado brasileiro reconhecer que falhou no combate ao racismo em nossa sociedade e na proteção à vida". 

O deputado acredita que essa medida trará, de certa forma, uma responsabilização do Estado Brasileiro no tocante ao que ocorreu com Genivaldo, além de auxiliar "uma família que foi destruída com a perda de um ente querido". 

O petista João Daniel, por sua vez, relatou, nas redes sociais, que essa indenização é "o mínimo de dignidade que o Estado Brasileiro deve fazer" sobre o caso, pois, em seu entendimento, Genivaldo foi "assassinado covardemente por agentes da PRF em Sergipe". “As cenas que chocaram o Brasil e o mundo inteiro são um episódio lamentável da história de Sergipe e do nosso país. Soubemos do afastamento dos agentes, mas vamos continuar atentos a qualquer fato novo que envolva a investigação. A família quer justiça, a população de Umbaúba e de Sergipe querem justiça”, disse João Daniel.

De igual modo, o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes, disse que "um brasileiro, um pai de um brasileiro, assassinado pelo Estado Brasileiro, pelos agentes da segurança pública. "Vamos lutar por essa indenização, que não vai reparar a vida de Genivaldo, mas queremos que o Estado Brasileiro assuma sua responsabilidade, e precisamos colocar um ponto final na abordagem seletiva por parte de alguns agentes da segurança pública.  Nós merecemos respeito. A população, negra e periférica merece respeito e nós vamos exigir", afirmou.


"Isso é muito pouco perto de tudo o que ela está passando. O Estado brasileiro não tem autorização para matar. Nosso país não pode se tornar a barbárie", acrescentou.

|Da Redação
||Foto: Ilustração



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