No dia em que completará 76 anos, a ‘Rainha da Altura’ receberá justa homenagem por sua trajetória marcada por projetar Sergipe nacionalmente
Espaço dedicado à exaltação da
gente sergipana e todo seu talento, identidade e sergipanidade, o Museu da
Gente Sergipana Governador Marcelo Déda é uma grande homenagem àqueles que
vivem, cantam, dançam, recitam, pintam e com orgulho projetam Sergipe pelo
Brasil e pelo mundo. É a casa de grandes artistas e de gente comum, dos
reconhecidos e dos desconhecidos, dos que nasceram aqui e dos que escolheram
Sergipe como sua morada. É a memória sobre os que partiram e a vitrine para os
que permanecem.
É o lugar onde se conhece o
desconhecido e onde se lembra do esquecido, é onde reconhecimento gera
pertencimento. No Museu da Gente, a homenagem é póstuma, mas também é em vida.
E para celebrar a existência de uma gigante, não só em estatura, mas em força de
mulher nordestina, o Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana,
homenageará Maria Feliciana dos Santos. O evento acontecerá às 10h da próxima
sexta-feira, dia 27, data em que será comemorado seu aniversário de 76 anos de
vida.
Considerada durante décadas a
mulher mais alta do mundo, Feliciana alcançou fama pelos seus diferenciados
2,25m de altura. Aos 18 anos, conquistou o título de ‘Rainha da Altura’ no
famoso programa A Hora da Buzina, do Chacrinha, quando recebeu faixa e coroa
das mãos do ator e comediante Grande Otelo e do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com
quem viajou em uma turnê, também na companhia do cantor Dominguinhos. E com o
cantor sergipano Josa, O Vaqueiro do Sertão, Feliciana fez diversas
apresentações.
Sua trajetória é marcada por
representar Sergipe pelo Brasil afora como artista de circo, de cinema e
televisão. Foi também cantora do Trio Sergipano e atleta da Seleção Brasileira
de Basquete.
Diante de tantos serviços ao
estado, a homenagem é justa, como destaca o diretor-superintendente do
Instituto Banese, Ezio Déda. “No menor estado do Brasil nasceu a mulher
considerada a mais alta do mundo durante décadas. O legado de Maria Feliciana é
o de uma sergipana que fez fama e percorreu o país levando sua simplicidade e
seu sorriso, por isso nada mais justo que uma história importante como essa
esteja no Museu da Gente Sergipana. É na verdade uma história que o Instituto
Banese, através do museu, faz questão que seja vista e vivenciada”, conta Ezio.
A homenagem será aberta ao
público em geral e acontecerá na área externa do Museu da Gente Sergipana.
Doação
As homenagens tiveram início no
dia 10 de maio, quando o Instituto Banese doou a Maria Feliciana uma maca móvel
com elevação. O intuito é que o leito estofado facilite sua locomoção e lhe
proporcione mais conforto. A entrega foi feita pessoalmente pelo
diretor-superintendente do Instituto Banese, Ezio Déda, durante visita à
residência de Feliciana.
A doação é uma iniciativa de
responsabilidade social voltada para a atual necessidade da sergipana cuja
trajetória contribuiu com a história e a cultura de Sergipe, tornando-se uma
figura pública e projetando o estado nacionalmente.
Maria Feliciana
Nascida em 1946, no município
sergipano de Amparo do São Francisco, Maria Feliciana dos Santos é descendente
de uma família marcada pela altura. Seu pai, Antônio Tintino da Silva, tinha
2,40m. Até seus 16 anos, Maria teve um crescimento considerado normal e a
partir dessa idade cresceu de forma desproporcional, chegando a medir 2,25m.
Casou-se com Assuires José dos Santos com quem teve três filhos: Charles Santos
e Cleverton Santos, ambos com 2,10m, e a filha Chirles Santos, com 1,60m de
altura.
Outro importante reconhecimento
dedicado à sergipana ao longo de sua vida foi a utilização do seu nome no
prédio mais alto de Sergipe e sede do Banese, o Edifício Estado de Sergipe, que
passou a ser popularmente conhecido como Edifício Maria Feliciana.
| Fonte e Foto: Divulgação
Instituto Banese