Advogado aponta a falta de atenção do Estado para o turismo local, apesar do grande potencial histórico e culinário
De todos os estados do nordeste,
Sergipe é o menor e não menos o mais bonito e atrativo para quem deseja
cultura, história, gastronomia, lazer, além de outros atrativos turísticos. Com
uma potencialidade ainda pouco explorada e valorizada, essa será, segundo o
advogado Hans Soares, uma das pautas mais desafiadoras das próximas gestões
estaduais. O advogado, que vem percorrendo
os quatro cantos do estado para conhecer melhor as realidades das regiões,
promete cobrar dos gestores públicos inovação, ações estratégias, estudos e
iniciativas capazes de fomentar o turismo sergipano.
“Sergipe não possui qualquer tipo
de planejamento para o Turismo, não possui um roteiro turístico, nem um mapa de
suas potencialidades, o turista chega aqui, quase sempre por acaso, e não sabe
onde procurar informações dos pontos turísticos. Além disso, a única
infraestrutura de hotéis do estado fica na capital. Em outras cidades a rede
hoteleira é muito tímida e com uma estrutura pouco atrativa para o visitante.
Não interessa à iniciativa privada investir em grandes estruturas porque o
Estado não possui um planejamento para esta área. É preciso um grande esforço
para colocar Sergipe na rota do Turismo, porque, hoje, o turista vai à Bahia, e
passa por Sergipe para ir para Alagoas. Sergipe virou apenas passagem”, disse.
Para Hans, Sergipe possui
técnicos competentes na área do turismo, mas não é dada a devida prioridade à
Secretaria do Turismo. “O Estado tem técnicos competentes, mas a Secretaria de
Turismo nunca foi prioridade para os últimos Governos, sempre foi utilizada
como moeda de troca política. Falta priorizar esta área que tem um grande potencial
de geração de emprego, pois o Turismo gera emprego em transporte, restaurantes,
hotéis e pousadas, agências de turismo, entre outros diretos e indiretos.
Sergipe carece de um plano para esta área que precisa ser priorizada pelo
Governo do Estado e Parlamento também”, frisou o advogado.
Hans destaca que Sergipe tem um
vasto campo turístico para ser explorado. “Apesar de pequeno, Sergipe possui um
grande potencial turístico. Desde o turismo de sol e praia, passando pelo
turismo de aventura, cultural e de negócio, entre outros. Sergipe possui pontos
fortes como suas belas praias, suas cidades históricas e o turismo de aventura,
ainda pouco explorado. A vantagem de Sergipe é sua pequena extensão
territorial, o que permite ao turista vivenciar diversos tipos de turismo em um
só lugar”, opina.
O advogado cita uma série de
locais que precisam ser estruturados pelo Estado e Municípios e vendidos
nacional e internacionalmente. “Temos muito a ser explorado. Nossas praias e
rios possuem um grande potencial a ser explorado, apenas para citar alguns
exemplos, na divisa entre Aracaju,Itaporanga e São Cristóvão temos o Viral, a
Crôa do Goré, a Ilha dos Namorados, a Ilha Mem de Sá, a Caueira, entre outros.
Em Estância, temos a praia do Abaís e a praia do Saco, foi eleita uma das 100
mais bonitas do mundo e uma das 20 mais bonitas do Brasil. Em Indiaroba temos o
Pontal, já no norte do estado temos os municípios que margeiam o Rio São
Francisco que possuem um potencial turístico imenso a ser explorado,
especialmente em Canindé do São Francisco, que possui os cânions, e nos
Municípios de Pacatuba, Ilha das Flores e Brejo Grande, onde temos lugares
belíssimos a exemplo da Ponta dos Mangues e o Cabeço, já na foz do rio. Vale
lembrar que a cidade mais distante da nossa capital fica a 200 km de distância,
o que facilita ao turista chegar a todos os pontos do estado de forma rápida”,
lembrou.
Ainda, opina Hans, a mesma coisa
acontece em Canindé, onde o turista que vai conhecer os cânions também não
fica, preferindo ficar em Piranhas, em Alagoas, cidade que arrecada o dinheiro
que poderia ser injetado em Sergipe.
“Falando dos cânions, estamos
perdendo eles para o Estado de Alagoas, que já vem utilizando sua imagem na
divulgação do seu roteiro turístico, se apropriando de um destino que sempre
foi de Sergipe, mas que, por falta de um planejamento e investimentos adequados
pode ficar como referência para estado vizinho”, lamentou.
De acordo com Hans, outra área do
Turismo que ficou abandonada é o turismo de negócios. “O Governo passou mais de
5 anos para finalizar a reforma do Centro de Convenções, deixando nosso estado
fora do roteiro do turismo de negócios, porque não tínhamos um local adequado
para receber grandes eventos desta área”, e complementa: “esses são apenas
alguns pontos em que precisamos avançar na questão do turismo em Sergipe, há
muito mais a ser identificado, explorado e divulgado. Temos muito a fazer nesta
área, que possui uma imensa capacidade de desenvolver o Estado com geração de
emprego e renda para nossa gente. É preciso que seja priorizada a pasta do
Turismo, que pode trazer para Sergipe uma gigantesca transformação econômica e
social. Não podemos mais admitir que Sergipe seja considerado o patinho feio do
turismo nordestino. Devemos mostrar ao Brasil e ao mundo nosso belo cisne que
todos precisam conhecer”, finalizou.
|Fonte: Assessoria de Comunicação
||Foto: Jouis/Divulgação