Venda de fogos e fogueiras precisa de autorização e população deve ter cuidado para evitar acidentes
Duas tradições das festas juninas
no Nordeste são a fogueira e os fogos de artifício. Porém, é preciso ter
bastante cuidado com o acendimento, afinal todos dependem do fogo. Por isso, o
Corpo de Bombeiros reuniu orientações de como acender fogueiras e fogos de
artifício com mais segurança, diminuindo os riscos de queimaduras, garantido
festividades tranquilas em Sergipe e, claro, sem que haja hospitalizações.
Nesse recorte de hospitalizações
por queimaduras, os dados do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), apontam
que, no mês de junho de 2018, foram atendidos 73 pacientes. Em 2019, foram 49
atendimentos. Com a suspensão das festividades, em 2020 foram contabilizados 22
pacientes atendidos por queimaduras. O número teve uma leve alta para 33, em
2021.
Como acender fogos de forma
segura?
O tenente Fabiano Queiroz, do
Corpo de Bombeiros, detalhou que é essencial verificar o local em que os fogos
estão sendo comercializados. “O primeiro cuidado que a gente deve ter é só
comprar fogos em locais autorizados pelo Corpo de Bombeiros. Essa autorização,
esse alvará, é quem garante que aquele local passou por todas as normas de segurança
com relação à localização, aos risco próximos e à procedência desses fogos”,
mencionou.
O tenente relembrou que os fogos
possuem classificação de acordo com a gramatura, o que tem relação direta com a
faixa etária. “Os pais têm que lembrar algumas regras básicas. Os fogos só
devem ser vendidos para pessoas maiores de 18 anos e passam por uma
classificação - A, B, C, D e E - de acordo com a gramatura. Crianças com menos
de 12 anos só podem soltar fogos de classe A”, revelou.
O militar também indicou que a
embalagem dos fogos está ali com a função de proteção durante o manuseio e o
transporte. “A embalagem dos fogos já é uma segurança para o transporte, por
isso, é preciso evitar comprar fogos de forma fracionada. Aquela embalagem já
estava prevista para a segurança de determinados fogos”, reiterou.
O tenente Fabiano Queiroz também
indicou que os fogos sejam atendidos com sua base. “E, se houver irregularidade
do terreno ou vento, pode ser calçado com uma pedra para que não tombe e vá
para um lugar desnecessário. Outra orientação é que os pistoletes sejam
anexados em, no mínimo, três, um dentro do outro. É interessante colocar na
forma contrária e nunca direcionar para o rosto, e sim para lateral. Os
foguetinhos devem ser acondicionados em uma garrafa no chão, acedendo e se
afastando para a detonação. As bombas de menor calibre devem ficar posicionadas
em algum canto, ser acesas e se afastar, não jogá-las”, alertou.
Qual a melhor forma de acender
fogueiras?
O tenente Fabiano Queiroz
informou que a comercialização das fogueiras está vinculada à autorização
municipal e que é preciso cuidado ao acendê-las. “A autorização garante que
aquela madeira tem uma certificação ambiental. Na hora de acender a fogueira,
também é preciso ter o cuidado com o local, que deve estar longe de postos de
combustíveis, de revendas de GLP - gás de cozinha - e fiação elétrica”,
enfatizou.
O militar também explicou qual a
maneira correta de acender uma fogueira. “Existe a forma segura de acender, de
preferência utilize álcool gel, que tem volatilidade menor, ou aquelas barras
de álcool, o álcool sólido. Caso não se tenha esse material em casa, pode-se
fazer uma bucha com estopa, tendo o cuidado de utilizar uma tocha para acender.
Nunca jogue qualquer tipo de combustível na fogueira”, concluiu orientando.
|Fonte: Assessoria de Comunicação
||Fotos: Ilustração