Embora a configuração de uma startup leve como base a abertura de um negócio que opera em um mercado de alto risco, empreendedores desse setor devem seguir os pilares básicos de todo negócio
O mercado empresarial de startups
vem crescendo significativamente no Brasil. Mesmo com a pandemia, os índices de
contratação de pessoas para trabalharem nessas empresas, constatados para o ano
de 2021, segundo o Relatório 2021 Wrapped Brazilian Startups, registram um
aumento histórico. Além das mais de 100 mil pessoas contratadas, o registro
mostrou ainda um aumento de 200% no volume aportado nas startups brasileiras.
De acordo com o engenheiro de
produção, especialista em gestão empresarial, André Gabillaud, diversos fatores
podem ajudar a justificar esse cenário. “Para mim é uma somatória de fatores
como, por exemplo, o mercado estimulado a apresentar novas soluções; o empreendedorismo,
por necessidade que temos em nosso país; e a percepção de novos modelos de
negócios pautados em tecnologia que apontam na maioria das vezes ganhos de
escala em ‘pouco tempo’”, disse o especialista, que também é diretor da empresa
sergipana Brain Engenharia.
Gabillaud explicou ainda que,
embora a configuração de uma startup leve como base a abertura de um negócio
que opera em um mercado de alto risco, empreendedores desse setor devem seguir
os pilares básicos de todo negócio. No entanto, ele reforça a importância, no
caso das startups, de uma atenção a pilares mais específicos.
“Empresas desse segmento devem se
atentar a quatro pilares: a dor, que seria o problema do Empresário ou do
mercado que se quer resolver, a solução
para resolução que se tem como alternativa, ou seja, o produto ou serviço
ofertado sana essa dor?. Além disso, trabalhar também o canal de distribuição,
que é a resposta para perguntas como “De que maneira essa solução chega ao
mercado?” e “Como o cliente recebe esse produto ou serviço?”. Outro ponto é a
monetização, que diz respeito a maneira ou por quais políticas de vendas ou
comercial haverá a remuneração do esforço em colocar esse produto/serviço no
mercado”, detalhou o diretor geral da Brain Engenharia.
Ao iniciar um negócio desse tipo,
o empreendedor poderá enfrentar riscos como a não existência de um mercado
consumidor, uma logística de distribuição cara, ou significativa nos gastos ao
ponto de refletir bastante na decisão de compra, além da maturidade do mercado
em receber essa nova solução. No entanto, abrir uma startup também oferece
vantagens, a exemplo da carga tributária mais baixa, maiores incentivos,
principalmente para as pautadas em tecnologia, e uma capacidade para tomada de
decisão mais rápida.
Em sua empresa, a Brain,
Gabillaud relatou que o trabalho de consultoria desenvolvido junto a esses
empreendedores é feito mediante a contribuição de processos para permitir a
alavancagem empresarial. “Geralmente essas empresas ainda buscam um modelo de
negócio que permita a "escala" tão sonhada, escala que só existirá
com processos e processos são a nossa especialidade. Para os empreendedores que
estão nas startups, o treinamento adequado consiste em fazê-los participarem de
Workshops de Gestão de Processos, assim como treiná-los também para saber como
estabelecer rotinas”, afirmou o engenheiro de produção.
|Fonte e fotos: Assessoria de
Comunicação