Nove em cada dez vagas no estado foram abertas nas micro e pequenas empresas
Mesmo enfrentando um cenário de
aumento de custos e recuperação do faturamento, as micro e pequenas empresas
cada vez mais se consolidam como as principais geradoras de empregos no estado.
Uma análise feita pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, revela que de
janeiro a junho deste ano já foram criados 5.120 postos de trabalho nesses
empreendimentos, o que representa 93,9% das vagas abertas em Sergipe.
Os números reforçam uma tendência
que predomina há muito tempo na economia local. Nos últimos 22 meses os
pequenos negócios registram números positivos em relação à criação de empregos.
Somente nos últimos doze meses foram abertas 15.225 vagas em Sergipe.
Este ano o destaque fica para o
setor de Serviços, com 3.098 postos, o que representa 60,5% dos empregos
gerados. Em seguida aparecem os setores de Construção Civil (1.184), Comércio
(590), Indústria de Transformação (119), Agropecuária (71), Serviços de
Utilidade Pública (52) e Indústria Extrativa Mineral (6).
“Isso sinaliza a importância das
micro e pequenas empresas para a economia sergipana. Mesmo enfrentando as
dificuldades causadas pela pandemia, elas se adaptaram a esse novo cenário, se
reinventaram e continuaram mostrando a sua força. É por isso que é tão
importante criarmos políticas que favoreçam a atuação desses empreendedores,
pois são eles os principais responsáveis pela geração de empregos não só em
Sergipe, mas em todo o país”, explica o superintendente do Sebrae, Paulo do
Eirado.
Como micro e pequenos são
considerados os empreendimentos com até 99 empregados nas indústrias de
transformação e extrativa mineral, além da construção civil, e até 49
funcionários nos setores de comércio, serviços, agropecuária e serviços de
utilidade pública. O Sebrae adota essa metodologia por não ser possível apurar
o porte das empresas, com base nos dados do Caged, aplicando-se os critérios
definidos na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (que leva em consideração
o faturamento dos empreendimentos).
Cenário oposto
Os dados referentes aos pequenos
negócios ganham ainda mais destaque quando comparado ao cenário verificado nas
médias e grandes empresas. Nestes empreendimentos foram fechados 3.336 postos
de trabalho entre janeiro e junho deste ano.
Já nos últimos doze meses o cenário também é negativo, com 776 vagas
fechadas.
Em 2022 os setores que mais
registraram demissões foi a Indústria de Transformação ( -2627), Agropecuária
(- 1.758) e Construção Civil (- 480). Já os setores de Serviços e Serviços de
Utilidade Pública foram os únicos a apresentar números positivos, com 1.754 e
85 vagas, respectivamente.
Apesar dos dados negativos, a
situação nos médios e grandes empreendimentos este ano é melhor que a
verificada no mesmo período do ano passado. Em 2021, de janeiro a junho, estas
empresas registraram o fechamento de 5.410 postos de trabalho. Nas micro e
pequenas empresas, neste mesmo período, tinham sido gerados 6.684 empregos.
| Fonte e Foto: Sebrae/SE