A empresa Brain Engenharia em Aracaju foi uma das que adotou a estratégia
Com a evolução dos modos de fazer
um negócio, muitas empresas têm buscado uma forma de posicionar sua marca de
maneira a traduzir a forma como oferecem seus produtos e serviços. Para tal,
uma técnica que ganhou notoriedade nesse processo é o chamado rebranding, onde
a organização passa por uma etapa de repaginação e reposicionamento de sua
marca no mercado.
Esse é o caso da empresa
sergipana Brain Engenharia, que atua na área de gestão empresarial. Isso
porque, de acordo com a engenheira de produção integrante da equipe da Brain,
Beatriz Aragão, a empresa chegou a um patamar de crescimento, adotando a oferta
de novos serviços e novas maneiras de auxiliar empresários a gerirem seus
negócios. Assim, surgiu a decisão de adotar uma nova marca, passando a se
chamar Gabillaud.
“Passamos por muito tempo de
reflexão e reuniões entre os sócios para conseguirmos entrar em um consenso e
chegar na fase que estamos chegando hoje. Foram muitas histórias, muitas
empresas, muitas vidas que passaram ao longo desses 13 anos que atuamos. Com
todos os estudos e participações que temos em grupos de empresários, percebemos
que havia algo que estava faltando para que alcançássemos um outro patamar.
Crescemos enquanto empresa, enquanto equipe, mas nosso público não conseguia
ver o todo, apenas uma parte do que realizamos. Então, tomamos essa decisão
para demonstrar essa nossa nova versão e novos serviços”, conta Aragão.
Para a efetividade de tal
processo, do ponto de vista da gestão empresarial, Beatriz Aragão pontuou a
liderança de uma empresa que opta pelo rebranding precisa ter bem claro a sua
essência, pois esta deve ser mantida nesses processos. É o “não se esquecer da
onde veio” e ter bem definido também o que será alterado, para não se perder
pelo caminho da repaginação. Além de ter todo o cuidado com a comunicação e de
que forma essa atualização será absorvida pela sociedade e pelo mercado de
atuação.
“É preciso trabalhar de forma bem centrada o clima organizacional e a cultura empresarial como um todo. No nosso caso, demonstrando que isso não significaria uma desassociação com a Brain mas, pelo contrário, só uma repaginada que está sendo feita, com a mesma direção, a equipe de atuação sendo a mesma. É a estratégia que vai manter a empresa, a sua essência. Por isso, ela precisa estar bem clara e bem definida na alta gestão, porque no processo de transformação a equipe operacional pode não se adaptar e sair. São justamente as lideranças, diretorias que terão como responsabilidade essa manutenção, esse dever de replicar e representar a empresa da organização”, salientou a engenheira de produção.
Segundo explica o consultor em
comunicação estratégica, Pábulo Henrique, o branding muitas vezes é confundido
com o marketing mas, na verdade, diz respeito a uma metodologia que vai criar a
marca como um todo, desde a sua
concepção, os seus sentidos, o seu
propósito, o seu posicionamento. No caso do rebranding, o consultor explica que
se trata de uma estratégia de refazer os processos que dão origem ao sentido de
uma determinada marca já existente ou criar um novo modelo de marca que será
apresentado à sociedade como a nova cara da empresa que está se desassociando
da antiga marca e agora chega ao mercado com um novo conceito, com ideias,
propósitos e posicionamentos diferentes.
“O que acontece com a Brain, por
exemplo, é a construção de uma nova marca, com novos conceitos, objetivos,
ideias, mas a essência deve ser seguida. Eles vão apresentar uma nova marca ao
mercado, mas dizendo aos seus públicos que aquela empresa já tem uma longa
história no mercado, com vasta experiência, com profissionais gabaritados, com
prestação de serviço reconhecida pela excelência.
Então, essa nova fase da empresa
deve ser comunicada, estrategicamente, para que a empresa mostre que essa nova
marca chegou para comunicar uma nova fase da empresa, que visa ampliar e
melhorar a oferta dos serviços, se adaptar às novas tendências do mercado e,
principalmente, aproximar-se ainda mais do que os seus usuários, consumidores
esperam”, explica Pábulo Henrique.
Dessa forma, a Brain se passará a ter uma nova estrutura de marca,
com um novo conceito que fará com que ela ganhe forma, tenha consciência, crie
vida e se reposicione no mercado. “A Brain é uma empresa que existe, ela vai continuar existindo, mas agora com um
novo nome, com uma nova forma de se apresentar o cenário ao mercado”,
complementa o consultor.
Desafios
Existem vários fatores que vão
influenciar na decisão de fazer um rebranding. No caso da Brain, a decisão se
baseia na reflexão do que é ofertado e na ampliação do quadro de serviços
oferecidos. Assim, como diz o consultor Pábulo Henrique, a empresa terá diversos
benefícios como ampliar a empresa para outro público e mostrar que a empresa
está em processo de transformações.
No entanto, para que essa
estratégia funcione, o especialista em branding explica que é preciso ter muito
cuidado. “Essa é uma estratégia que requer cautela. O empresário não pode fazer
um rebranding sem pensar nas consequências, sem pensar nas estratégias e no que
se espera. A partir do momento que se mata uma marca para fazer uma nova, é
preciso toda uma estrutura para fazer com que o público entenda a mudança. Se
não for feito com uma equipe qualificada, que saiba como o público vai se
comportar, pode ser uma tarefa que, ao invés de otimizar, fará com que a marca
se frustre e tenha resultados não esperados”, orienta.
|Fonte e Fotos: Assessoria de
Comunicação