Com Direção e Produção Musical de Carlinhos Brown e Yuri Queiroga, o disco traz feats com Margareth Menezes, Lia de Itamaracá, Mateus Aleluia, Luiz Caldas, Maestro Spok e Grupo Indígena Sabuká Kariri-Xocó
Trazer canções que exaltam as
forças espirituais e de matriz africana e indígena evocando deuses, orixás,
gritos de liberdade, esperança e fé é uma das propostas que a artista
afroindigena Héloa traz no seu novo disco yIDé. O álbum que conta com direção e
produção musical do mestre Carlinhos Brown e Yuri Queiroga, além da
participação de importantes nomes da música brasileira, chega hoje nas
plataformas de música via selo Candyall Music.
O yIDé tem uma linguagem pop,
mas que traz o sagrado ancestral como fio condutor do projeto. Variados ritmos
que permeiam esse trabalho, todos de matrizes africanas espalhados mundo afora
como o ijexá, o reggae, o pop, a ciranda, samba-reggae, samba duro, hip hop,
dancehall, funk, rojão.
"É um disco de legado
histórico, uma obra que carrega memória ancestral através dos tambores, da
tradição oral, dos cantos sagrados, das saudações e evocação da natureza
envolto em uma produção pop, com refrãos que convida o público a entoar um
canto de liberdade", contou Héloa.
Com um canto forte e com
vocais refinados, Héloa traz a cada faixa uma interpretação que vai da doçura à
força. Como compositora das faixas, a sergipana se empodera ainda mais das
palavras e da poesia do álbum através do canto e aborda questões que refletem
sobre racismo, homofobia, liberdade feminina, sobre respeito às diversidades,
sobre a luta dos povos originários e o direito a culto da tradição e à terra.
O álbum tem a direção
artística de Brown e da própria Héloa e conta com nove faixas de sua autoria,
sendo quatro delas de composição compartilhada com Yuri Queiroga, que também
assina a produção musical do disco. yIDé também traz nomes como Margareth
Menezes, Lia de Itamaracá, Mateus Aleluia, Luiz Caldas, Maestro Spok e Grupo
Indígena Sabuká Kariri-Xocó que dividem os vocais com Héloa.
yIDé carrega toda a potência
do que pode se se considerar o Brasil mais profundo e fortificado em suas
raízes, um álbum histórico que traz a comunhão de uma cosmovisão que se
intersecciona através das práticas ancestrais de povos de matriz africana
aportados no Brasil e os povos originários.
Na faixa Odocyá, segundo
single do yIDé, Héloa divide os vocais com o patrimônio vivo de Pernambuco, Lia
de Itamaracá, em um canto de homenagem a Iemanjá. "Tudo Iemanjá me traz,
toda a inspiração. Eu escrevo na areia os versos e a onda do mar apaga e eu
sigo a escrever. Por isso eu me sinto muito feliz de estar junto a vocês,
principalmente em um trabalho dedicado a Iemanjá, pois eu sou filha dela e ela
tudo me dá", contou Lia.
Mateus Aleluia, outro
importante nome da música brasileira dedicada ao culto aos orixás, chegou
somando na faixa Velho Orixá, uma composição do mineiro Sérgio Pererê.
"Héloa é uma artista que se debruça em buscar a verdadeira história dos
seus antepassados. Consequentemente contribui para a reconstrução da história
do Brasil que nos foi negada.Artistas como ela são a continuidade do legado
deixado pelos nossos ancestrais e carregam consigo a importante missão de
reescrever e preservar nossa memória.", contou Mateus Aleluia
Carlinhos Brown, que abraçou o
projeto através do selo Candyall Music, traz uma linguagem sonora acentuando
vários ritmos brasileiros com a presença de diversos instrumentos de origem
indígena e africana que soma às linhas vocais de Héloa. Já Yuri Queiroga, soma
com os beats eletrônicos, dando ao disco uma sonoridade ainda mais pop e
global, que, para completar traz também outros instrumentos como violoncelo,
saxofone, trombone, viola caipira, violão, clarinete, guitarra, baixo e
bateria.
"Depois de navegar os
afluentes do sublime Opará, yIDe é o novo mergulho de Héloa, com energia de
sobra pra cruzar os oceanos e levar para o mundo o que há de mais sincero,
poderoso e profundo na arte brasileira”, concluiu Yuri.
O resultado final é um álbum
que traz um marco na trajetória artística de Héloa, que junto de importantes
nomes da música brasileira celebram a sua ancestralidade. "Acompanhar a trajetória de Héloa tem
sido de grande alegria e honra, e também de muita inspiração, pela grandeza
dessa artista, que nos brinda, a cada nova criação, com a personalização de
suas sonoridades, com uma voz potente e doce, e uma presença forte e única.
Suas melódicas trazem a sabedoria das matrizes ancestrais, em canções que
entrelaçam esperança e liberdade. Um prazer imenso estar ao lado de Héloa nesta
direção artística, e acompanhando de perto toda sua evolução", comemorou
Brown.
Identidade Visual
A identidade visual de yIDé
merece destaque pela união das diversas expressões artísticas presentes no
conceito, que é assinado e dirigido por Héloa. A capa é uma ilustração que foi
pensada a partir dos referenciais de brasilidade, tropicalismo, originário e
africano presentes no disco, como uma explosão de uma vibração de cores e
ritmos que o álbum propôs.
Fruto de uma ilustração dos
Irmãos Credo, a capa de yIDé traz uma linguagem de colagem inspirada nas
referências da matriz afroindígena, como também do Cerrado brasileiro enquanto
território ancestral. "Héloa tem uma vivacidade e potência que conversa
muito com nosso trabalho. Os traços dela se parecem com os de nossos
personagens e foi muito gratificante fazer parte desse projeto
maravilhoso", afirmam os Irmãos Credo.
A partir dessa ilustração, a
estilista Naya Violeta traz para o figurino uma peça desenvolvida em
exclusividade para Héloa, inspirada nas representações da matriz africana na
religiosidade e na cultura popular. Com esse trabalho temos a união de diversas
expressões artísticas, como uma marca registrada da sergipana. Começa na
ilustração, que se completa com o figurino e finaliza na fotografia de Duda
Portella.
|Fonte: Assessoria de
Comunicação
||Fotos: Duda
Portella/Divulgação