Até o momento, 33 agroindústrias recebem assistência técnica qualificada e sete já estão licenciadas no estado
Prestes a completar três anos
de sancionada, a Lei que regulamenta a produção e a comercialização dos queijos
artesanais em Sergipe, conhecida como ‘Lei das Queijarias’, vem surpreendendo o
cenário agro com resultados positivos. De autoria do deputado estadual Zezinho
Sobral (PDT), a legislação detalha processos, técnicas, tipos de queijos e
demais derivados do leite produzidos artesanalmente, estabelecendo métodos,
critérios e práticas que asseguram a qualidade dos produtos e expandido a
produção.
De acordo com Sobral, a Lei
das Queijarias é um grande marco de proteção do queijo artesanal sergipano
porque, através dela, o produto alcançará outras praças através da
regulamentação e da assistência técnica, permitindo a ampliação da oferta,
fortalecendo o mercado, incentivando a produção e agregando renda aos pequenos
produtores. “É gratificante ver o quanto essa Lei faz a diferença na vida do
homem do campo, reafirmando a identidade e abrindo possibilidades para expansão
da produtividade com uma licença simplificada”, celebra.
Para Zezinho Sobral, a
participação da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), através da
Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), da Administração
Estadual do Meio Ambiente (Adema), da Federação da Agricultura e Pecuária de
Sergipe (FAESE) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Administração
Regional de Sergipe (SENAR) é essencial para desenvolver todo processo de
cadastramento, estudos, adequações e capacitações nas agroindústrias do Alto
Sertão sergipano.
Desde a sanção, 33
agroindústrias receberam dois anos de assistência técnica e atendimento.
Dessas, sete já estão com as licenças aprovadas que permitem comercializar em
todo estado de Sergipe com tranquilidade. Oito queijarias estão com o processo
de licenciamento em andamento. Dezesseis propriedades ainda não estão
regularizadas, mas seguem providenciando documentação e as adequações.
“A Adema buscou resolução
ambiental, a Emdagro apresentou propostas para cadastrar os produtores e o
sistema Faese/Senar prestou toda assistência técnica a queijarias em Nossa
Senhora da Glória, Graccho Cardoso, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe, Itabi,
Canindé do São Francisco e outros municípios. Ou seja, todo o Alto Sertão vem
sendo prestigiado com a presença da assistência técnica. Acredito que nos
próximos meses, as queijarias licenciadas estarão com o Serviço de Inspeção
Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado
de Sergipe (SIE/SE) e com o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (SISBI) para comercializar seus produtos em todo o Brasil”,
comemora.
Expansão da produção
A Lei das Queijarias artesanais
reforça que a produção artesanal do queijo é uma forma de agregar valor à
produção leiteira que pode ser orientada pela cultura regional, pelo emprego de
técnicas tradicionais ou inovadoras. A Lei destaca, também, a importância do
Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ), que é o reconhecimento
dos métodos de fabricação do queijo.
Dentre as diversas
recomendações, a Lei regula a higienização, equipamentos e características das
instalações onde os produtos são fabricados, maturados, embalados, estocados e
expedidos. Para o êxito de todo o processo, a assistência técnica ofertada aos
produtores vem contribuindo significativamente para a aplicação das boas
práticas agropecuárias.
“Antes da Lei, os produtores
não tinham segurança. Hoje eles podem comercializar o produto com garantia e
tranquilidade. Muitas ainda não apresentaram o projeto para obter o
licenciamento, mas todas estão
assistidas e recebendo a qualificação técnica para obter as certificações
futuramente. A Lei das Queijarias presta serviço ao produtor, especialmente o
pequeno, aquele que trabalha e empreende junto com a família. Ela oferece
assistência, acolhimento, incentivo e fortalecimento para que as agroindústrias
possam crescer”, afirmou Zezinho Sobral.
Ainda na opinião do deputado,
a Lei das Queijarias coloca o queijo artesanal sergipano na pauta do negócio
nacional, dando oportunidade para quem cuida do seu rebanho e produz queijo,
requeijão, manteiga de garrafa e outros produtos de excelente qualidade.
“O Banco do Nordeste está
financiando alguns empreendimentos para que possam implementar as mudanças
necessárias, consigam o licenciamento e, assim, fortalecer a produção. Já
propusemos ao Banese a ampliação de um Fundo de Aval para dar garantias aos
novos financiamentos para que as queijarias possam se adequar. A Lei segue
apresentando resultados. É mais uma etapa positiva do nosso trabalho e que
continua acolhendo a agricultura familiar e a todos que implementam o lado
artesanal nos produtos da nossa sergipanidade”, destacou Zezinho Sobral.
|Fonte e fotos: Assessoria de
Comunicação