Com a flexibilização das medidas de biossegurança, o home office começou a ser utilizado e os profissionais passaram a administrar suas jornadas de trabalho passando parte do tempo em casa e a outra parte de volta aos escritórios
Uma pesquisa realizada pela Great
Place to Work, intitulada "Tendências de Gestão de Pessoas"
mostrou que o modelo de trabalho híbrido é a aposta para 2022. Embora a adoção
desse sistema venha a ser um desafio, principalmente para grandes empresas, que
possuem formatos tradicionais, essa transformação do modelo de trabalho se
mostrou eficiente durante a pandemia, apresentando bons níveis de produtividade
e ainda vantagens econômicas.
“A opção de trabalhar de casa
ganhou força no período da pandemia da Covid-19 e, sim, pode trazer alguns
benefícios para o ambiente empresarial ainda que hoje, mesmo depois de uma
flexibilização da pandemia. A viabilidade de fato é algo muito particular, pois
devemos levar em consideração não apenas o modelo de negócio que a empresa
adota, mas a região em que ela opera, a cultura das pessoas, sua infraestrutura
familiar, entre outros fatores”, explica o engenheiro de produção André
Gabillaud, especialista em gestão de empresarial.
Durante a pandemia, muitas
empresas adotaram o home office como uma solução para se manterem em
funcionamento. O modelo já era utilizado antes da crise sanitária, mas ganhou
ainda mais adesão com a disseminação do coronavírus. No entanto, com a
flexibilização das medidas de biossegurança, o trabalho híbrido começou a ser
utilizado e os profissionais passaram a administrar suas jornadas de trabalho
passando parte do tempo em casa e a outra parte de volta aos escritórios.
“Nesse modelo, o colaborador
não precisa ir ao local de trabalho todos os dias. Então, é possível
desenvolver o seu trabalho em casa e, em alguns dias, na empresa. Esse sistema
é previsto pela Medida Provisória 1108/2022 que permite o modelo híbrido e a
contratação por produção sem controle de jornada”, destaca Gabillaud.
Dentre os benefícios citados
pelo engenheiro de produção estão a liberdade geográfica, o aumento da
produtividade e a proximidade com a família. Em contrapartida, o mesmo pontua a
dificuldade de concentração, falta de estrutura e pouco contato com os colegas
de trabalho como desvantagens do trabalho híbrido
“O funcionário pode exercer
sua função em qualquer lugar, pode ser na sua casa ou até em outra cidade. Com
esse modelo mais flexível, ele consegue se organizar melhor e ser mais
produtivo em suas atividades. Ainda é possível estar mais próximo da família e
passar mais tempo com cônjuges e filhos. No entanto, da mesma forma em que há
pessoas que se concentram melhor no home office, há aqueles que preferem
ir à empresa por conta de distrações em casa, como barulho de vizinhos, animais
e até mesmo por estarem rodeados de pessoas que não são do trabalho”, argumenta
o engenheiro, ao listar as vantagens e desvantagens do trabalho híbrido.
Ele ressalta ainda que, para
muita gente, o contato com outros funcionários é fundamental para o crescimento
profissional e também para o networking. No home office ou no modelo
híbrido, o contato nem sempre é tão frequente. “Existem diversos desafios.
Podemos listar os mais comuns enfrentados pelas empresas na condução desta iniciativa,
como a solidão e isolamento, sentimento que se apoderou de diversas pessoas que
lutaram contra a mudança repentina; e também questões de produtividade, por
ausência inclusive de métodos eficazes de trabalho e não só isso, mas também
por ausência de liderança preparada para tal finalidade além de tecnologia
adequada para condução das rotinas”.
|Fonte e foto: Assessoria de
comunicação