Brasil deve ter mais de 11 mil casos de câncer de boca este ano, alerta INCA

Doença é a 5ª mais comum entre os homens e a 13ª mais frequente entre todos os cânceres


 


Com mais de 11 mil casos estimados no Brasil para 2022, o câncer de boca é a 5ª doença mais comum entre os homens e a 13ª mais frequente entre todos os cânceres. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) são um alerta e reforçam ainda mais a necessidade de ações de conscientização, como é o caso do Maio Vermelho, campanha que visa propagar informações sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer bucal.

 

De acordo com a médica oncologista Lívia Porto, que integra o corpo clínico da Oncoradium - Centro Oncológico de Aracaju, o câncer de boca é identificado, na maior parte dos casos, a partir de um ferimento na boca que não cicatriza.

 

“Essa ferida ulcerada que, inicialmente não dói, mas que pode ou não ocorrer sangramento, principalmente, na hora da alimentação/mastigação, e que persiste por mais de duas semanas sem cicatrizar, pode ser um indício da doença”, afirmou. 

 


De acordo com a médica, o primeiro passo para o diagnóstico é procurar um cirurgião dentista ou cirurgião de cabeça e pescoço, pois ambos são profissionais habilitados para identificar precocemente esse tipo de lesão maligna. 

 

 “O diagnóstico tardio se dá, muitas vezes, porque a lesão inicial aparenta ser uma ferida indolor que ocorre em indivíduos que não procuram o cirurgião dentista com a regularidade necessária para o diagnóstico precoce. Aliado a esse fator, está a não realização de campanhas ostensivas de alerta para esse tipo de câncer na mídia em geral”, destacou a Dra. Lívia Porto.

 

 Tratamento

 

Quando o câncer é identificado na fase inicial, é possível que o primeiro tratamento seja cirurgia, que deve ser realizado por profissional treinado em fazer cirurgias oncológicas, que é o cirurgião de cabeça e pescoço. Os tratamentos de radioterapia e quimioterapia também podem ser necessários. Já a Imunoterapia está indicada em câncer de boca avançado, quando a cirurgia já não consegue retirar a lesão por completo ou quando já há metástase em outro órgão.

 

Segundo a médica oncologista, os tumores de boca e de todos os que surgem no segmento de cabeça e pescoço requerem um tratamento oncológico com uma equipe multidisciplinar, com profissionais médicos e de outras profissões da saúde, como cirurgião dentista, nutricionista, fonoaudiólogo, cirurgião de cabeça e pescoço, radio-oncologista, oncologista clínico, fisioterapeuta e psicólogo. 

 

 Fatores de risco e prevenção

 

De acordo com a médica Lívia Porto, os principais fatores de risco para a doença são o tabagismo e consumo excessivo de bebida alcoólica. “Esses são os principais fatores de risco. Isso acontece porque a ação da bebida alcoólica e dos agentes contidos no cigarro têm o potencial de alterar o DNA das células da mucosa da boca e iniciar o crescimento de um tumor pela proliferação anormal das células”, destacou.

 

Manter hábitos saudáveis é o primeiro passo para a prevenir a doença. Ir regularmente ao dentista e estar atento à incidência de machucados recorrentes e insistentes na boca, além de procurar ajuda médica é essencial. 

 

"O primeiro passo para prevenção quanto ao câncer de boca é interromper o hábito de fumar e reduzir o consumo de bebida alcoólica, principalmente as bebidas de maior teor alcoólico, que são os destilados. O segundo hábito que pode ajudar no diagnóstico precoce é estar atento a qualquer lesão na boca que demore mais de duas semanas para cicatrizar ou até lesões que não são feridas propriamente ditas, mas aparecem e causam sensação de estranhamento na boca. Nesses casos, é fundamental buscar uma consulta com cirurgião dentista ou cirurgião de cabeça e pescoço ”, orientou a oncologista.

 

|Fonte: Assessoria de Comunicação

||Fotos: 1 – Reprodução/ 2 – Divulgação/Assessoria de Comunicação

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