Sem orçamento, UFS restringe uso de ar-condicionado em todos os campi

Decisão afeta mais de 27 mil alunos, 1.665 professores, 1.407 técnicos administrativos em educação e 925 funcionários terceirizados


No início da noite desta sexta-feira, 1°, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) emitiu uma nota informando que, em decorrência do "agravamento da situação orçamentária" por conta do "bloqueio e cortes de recursos" todas as unidades ligadas à instituição de ensino no estado deverão restringir o uso de equipamentos de ar-condicionado a partir da próxima segunda-feira, dia 04. 


A medida, que afeta diretamente mais de 27 mil alunos, 1.665 professores, 1.407 técnicos administrativos em educação e 925 funcionários terceirizados, tem como base a Portaria Nº 676/2022/GR que, conforme informação recebida no final de maio, a instituição teve "o bloqueio de R$ 3,2 bilhões do orçamento previsto para 2022 — ou 14,5%". "Apesar de posteriormente recomposto na metade do valor contingenciado, na UFS o bloqueio representa R$ 3,7 milhões", diz a publicação.


Segundo a nota, a decisão será válida enquanto durar a situação de restrição orçamentária. Desta forma, a Universidade pontuou que "fica restrito o uso do ar-condicionado em todos os campi e unidades da universidade nos três turnos do dia, incluindo as unidades acadêmicas e administrativas". "Para minimizar os efeitos da falta de climatização, as janelas e portas das salas de aula, quando possível, deverão ser mantidas abertas", explica.


Ainda de acordo com o comunicado oficial, nos ambientes onde o uso do equipamento seja considerado indispensável, "uma comunicação oficial deverá ser mantida junto à Superintendência de Infraestrutura (InfraUFS) para uso dos aparelhos". "A liberação aplica-se, por exemplo, à preservação equipamentos em laboratórios, acervo bibliográfico, restaurantes universitários, entre outros", informa.


"Fica terminantemente proibido o uso de equipamentos de ar-condicionado no horário das 17h até 21h, por se tratar de horário de ponta, no qual a tarifa de energia é cinco vezes superior aos demais horários", acrescenta a portaria.


Também dentro das medidas impostas pela portaria, foi estabelecido o "desligamento das lâmpadas após o término de aulas e redução do número de lâmpadas ligadas nos corredores das didáticas, ambientes de docentes e setores administrativos como medida de conscientização e racionalização do consumo de energia".


"A redução do orçamento impacta diretamente nas verbas do Pnaes e no funcionamento da universidade, no que diz respeito aos pagamentos das contas de água, luz e contratos de terceirização", conclui a nota.


|Da Redação/Com informações da Assessoria de Comunicação

||Foto: Ilustração/Internet 

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