Segundo ele, até o momento, já pagou mais de R$ 9 mil, mas a empresa alega que seu saldo está zerado
O sonho de adquirir um
automóvel melhor se tornou um verdadeiro pesadelo na vida do vigilante Vagno
Menezes. Natural do município de Malhador, o rapaz, de 37 anos, trabalha na
capital sergipana, prestando serviço à uma estatal na capital sergipana e decidiu entrar em um consórcio para auxiliar seu pai,
que é acamado, no translado durante os dias que precisa fazer tratamento em
Aracaju. Porém, segundo relatou com exclusividade à nossa equipe de reportagem,
perdeu, até o momento, cerca de R$ 9.200,00 e a empresa responsável pela carta
de crédito informou que não há nenhum saldo em seu nome, tampouco previsão para
uma possível contemplação.
"Ao fazer esse consórcio,
me informaram que todos os dias 15 e 25 de cada mês seriam realizadas
assembleias para explicar como estavam as contemplações. No dia 15 do mês
passado, não fui contemplado, já no dia 25, quando teria a segunda assembleia,
também não. No dia 26, o vendedor me ligou pedindo R$ 2 mil, dizendo que uma
pessoa que trabalha na administração da empresa ia segurar a minha carta para
ninguém pegar. Acreditei e paguei. Dias depois, o mesmo vendedor me ligou
dizendo que eu deveria ir à empresa buscar minha carta, mas, ao chegar lá, me
informaram que não tinha nada", relata.
O consórcio, em questão, seria
de um veículo no valor de R$ 40.000,00. Para ser contemplado, Vagno informou
que deu um lance de adesão no valor de R$ 9.200,00 e, a partir da contemplação,
poderia decidir a divisão das parcelas, tendo, como opções, o pagamento mensal
de R$ 833,33, se escolhesse quitar em 48 meses, ou, ainda, R$ 500,00 mensais,
caso decidisse por parcelar em 80 meses. “Eu fui enganado e não quero mais
saber de parcelas. Quero meu ressarcimento de volta”, revolta-se.
Indignado com fato, Vagno
conta que prestou um boletim de ocorrência, pois já tinha tentado resolver na
própria empresa, mas, segundo ele, não foi ouvido. "Quero meu reembolso,
porque a própria empresa me disse que só existe uma contemplação mensal. Ele (o
vendedor) simulou de forma maldosa para arrancar meu dinheiro. Mas, se eu sou
consumidor, tenho direito ao ressarcimento. A empresa diz uma coisa e fez
outra", afirma.
“Fiz o consórcio para ajudar
meu pai, que não anda, e precisa fazer acompanhamento médico aqui em Aracaju,
mas fui enganado”, acrescenta.
Ele também procurou a
Defensoria Pública para acompanha-lo neste caso, que, com base em informações
da vítima, informou que vai iniciar os procedimentos na próxima semana.
Por telefone, procuramos à
empresa, que tem escritório localizado em um edifício empresarial localizado na
Avenida Jorge Amado, bairro Jardins, através de dois números disponibilizados,
com finais 1606 e 0256, e questionamos sobre a situação envolvendo o vigilante.
No primeiro, um funcionário apenas nos relatou que "ele fez a carta de
cancelamento" e que, agora, "aguarda o contato da
administradora". Questionamos, então, sobre o ressarcimento do pagamento
integral, bem como o valor quitado diretamente com o suposto vendedor ligado ao
consórcio. Contudo, não tivemos retorno.
Porém, Vagno contesta essa
informação, afirmando que "não assinou nenhuma carta de cancelamento".
"Eu fiz uma carta a punho, lá mesmo na empresa, com um representante da
empresa olhando. Depois, ele me ligou e disse que não era dessa forma. Que
teria de ser uma carta que ele enviou. Porém, eu disse que não queria cancelar,
porque iria perder dinheiro. Eu só quero meu ressarcimento. Não assinei carta
de cancelamento!", garante.
Já no segundo contato
disponibilizado, as chamadas telefônicas não são concluídas e as mensagens, via
WhatsApp, foram ignoradas.
Como a vítima registrou um
boletim de ocorrência, procuramos a Polícia Civil para buscar saber mais
detalhes sobre as investigações. De acordo com a assessoria de comunicação,
existe, de fato, um registro sobre a situação que está sob investigação da 1ª
Delegacia Metropolitana, localizada no Conjunto Leite Neto, na capital. No
entanto, até o momento, os detalhes sobre o processo investigativo não foram
divulgados.
|Da Redação
||Fotos: Enviadas pela fonte