Relatos indicam que pacientes e acompanhantes aguardaram acolhimento médico por várias horas
A superlotação no Hospital da
Criança e, consequentemente, demora no acolhimento dos pacientes, gerou
confusão na unidade no último sábado, dia 07. Segundo relatos passados à nossa
equipe de reportagem, diversas pessoas que buscaram atendimento para seus
filhos, inclusive uma mulher grávida com uma criança de colo, aguardaram por
algumas horas até que fossem chamadas pelos profissionais que atuam no local.
Essa situação causou revolta e indignação.
Imagens que circularam nas
redes sociais na noite de ontem e na madrugada deste domingo, 08, mostraram a insatisfação
de muitas mulheres. "Cheguei por volta das 14h com meu filho e já
encontrei o hospital lotado. Tinha pessoas lá desde a manhã que ainda não
tinham sido atendidas", relatou Thaiza Santos, acrescentando que voltou
para casa por volta das 22h.
Ainda de acordo com ela, uma
gestante buscou atendimento para um outro filho, uma criança de colo, mas só
conseguiu no fim da tarde. "Ela chegou 08h da manhã e só atenderam 17h.
Ela e a criança estavam sem comer desde cedo, porque muita gente vai para o
hospital somente com o dinheiro da passagem", afirmou em conversa com a
nossa equipe de reportagem.
Durante a confusão, também
conforme relato dessa mãe, profissionais que atuam na segurança da unidade, localizada no bairro José Conrado de Araújo, Zona Oeste de Aracaju, foram
acionados para tentar controla a situação, causando mais revolta ainda naqueles
que aguardavam na recepção.
Sobre o fato, a Secretaria de
Estado da Saúde (SES) informou que, apesar dos constantes episódios, de aumento
no número de atendimentos aos fins de semana, o tempo de espera por assistência
tem sido maior, mas nenhum paciente fica desassistido. “A mulher que aparece no
vídeo chegou com a criança na Unidade no final da manhã, por volta das 10h. A
criança passou pelo primeiro atendimento médico. Estava sem febre e foi
classificada como verde”, justificou, em nota, a pasta.
A SES pontuou, ainda, que pacientes
classificados com quadros sem maiores gravidades e, por isso, “tem tempo de
espera maior que os casos com risco de vida”.
|Da Redação
||Foto: Reprodução