Manifestantes dizem que viaturas da Guarda Municipal são usadas para segurança particular

Fato foi observado durante protesto de funcionários da empresa Progresso, neste domingo


Segundo a legislação, a função da Guarda Municipal de Aracaju (GMA) é bastante clara: "atuar em todas as regiões e bairros da cidade através de rondas e corpo efetivo disposto nos prédios e espaços públicos municipais". Essa determinação, inclusive, é destacada no site da Prefeitura de Aracaju, com uma aba específica que detalha história do órgão, além de abrangência de atuação e projetos desenvolvidos. 

Toda a funcionalidade segue, conforme "Registro de Competência" disponibilizado pela pasta, o foco na proteção e segurança do patrimônio e espaços públicos. Contudo, neste domingo, 05, o que se viu em frente à sede da Viação Progresso, que atua no transporte público da capital e Grande Aracaju, foi bem diferente da competência da instituição.

Diversas viaturas foram flagradas em frente a empresa, localizada na Avenida Marechal Cândido Rondon, bairro Jabotiana. Fator que, apesar de se tratar de uma companhia que atua no transporte de passageiros através do sistema de transporte público, chamou a atenção dos manifestantes, justamente pela empresa ser privada. Inclusive, parte dos funcionários estão em greve por, segundo eles, não haver cumprimento das demandas salariais e outros benefícios trabalhistas.

Em vídeos que circularam pelas redes sociais, motoristas e cobradores questionaram a presença das viaturas que, conforme relatos, ficaram por cerca de duas horas no local. Essa medida, para os manifestantes, foi entendida como uma "ordem do prefeito Edvaldo Nogueira". "Edvaldo Nogueira mandou a Guarda Municipal aqui para os funcionários que estão reivindicando seus direitos. Salários de abril e maio atrasados. Já estamos em junho. Isso é certo?", questiona um funcionário da empresa. 


"Já cansei disso. Estou doente, com depressão e ansiedade, com encaminhamento para psicólogo", acrescentou.

Sobre o episódio, a Guarda Municipal explicou que o órgão foi acionado "a fim de garantir o funcionamento do serviço de transporte público, operacionalizado pela empresa Progresso", pois, segundo a pasta, rodoviários que decidiram voltar ao trabalho, após paralisação, "temiam ser impedidos pelo grupo que permanece paralisado".

Por essa razão, a GMA justifica que, diferentemente do que foi dito pelos funcionários da Progresso, as viaturas foram deslocadas à sede da empresa para fazer o acompanhamento dos ônibus. "Por resistência de um grupo de rodoviários, que impediram a saída dos ônibus da garagem, o serviço não pôde ser restabelecido", alega 

Ainda de acordo com a GMA, mesmo após as tratativas, não foi possível haver consenso entre as partes, "o serviço permaneceu paralisado" e as equipes da Guarda Municipal, consequentemente, voltaram para a realização do policiamento preventivo de rotina.

Confira o vídeo




|Da Redação
||Foto: Reprodução/Redes Sociais



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