Maioria dos casos foi registrada em São Paulo
O Brasil tem 106 casos
confirmados de varíola dos macacos (Monkeypox), segundo levantamento do
Ministério da Saúde. A maioria (75) foi registrada em São Paulo. Em seguida,
está o Rio de Janeiro, com 20 casos.
Em Minas Gerais, foram três casos
da doença. No Ceará, no Paraná e no Rio de Grande do Sul foram dois registros
em cada estado. Há também confirmação de infecção pelo vírus no Distrito
Federal e no Rio Grande do Norte, com um caso cada.
O órgão destacou que segue em
articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento
dos contatos dos pacientes. Isso é feito por meio da Sala de Situação e Centro
de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional).
O vírus
A varíola causada pelo vírus
hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês) causa uma doença mais branda
do que a varíola smallpox, que foi erradicada na década de 1980.
Trata-se de uma doença viral rara
transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele.
O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença
também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos,
tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo
doente.
Não há tratamento específico, mas
os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a
observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para
pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase,
transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças
com menos de 8 anos.
Os primeiros sintomas podem ser
febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados,
calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas
desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões
genitais.
Para a prevenção, deve-se evitar
o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham
cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado.
Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou
utilizando álcool gel.
| Da Agência Brasil
|| Foto: Dado Ruvic / Reuters