Dados são do Instituto Nacional do Câncer e reforçam a importância dos cuidados preventivos
2080. Esse é o número de casos
de câncer de pele não melanoma que devem ser confirmados em Sergipe no próximo
ano, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer. Apesar do avanço nos
tratamentos, é essencial a realização de cuidados preventivos, como uso do
protetor solar, ainda mais por conta das características climáticas do Estado.
O câncer de pele é o mais
frequente no mundo e no Brasil não é diferente. Ele ocorre quando as células da
pele se multiplicam sem controle e há dois tipos: o melanoma (forma mais grave
do tumor) ocorre mais raramente e pode levar à morte e o não melanoma (tumor
maligno com baixa taxa de mortalidade), mais frequente e menos grave, mas pode
causar deformações no corpo. Ele representa 95% do total dos casos de câncer de
pele.
Segundo o médio radio-oncologista
Dauler de Souza, que integra a equipe médica da Oncoradium - Hospital
Oncológico de Aracaju, é provável que uma combinação de fatores ambientais e
genéticos provoque o melanoma. Apesar disso, acredita-se que a exposição à
radiação ultravioleta (UV) do sol e de câmaras de bronzeamento são a principal
causa de melanoma.
Entre os fatores de risco para
a doença, o médico radio-oncologista Dauler de Souza enumera os seguintes:
“pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;
Pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer; Pessoas com doenças
cutâneas prévias; Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol; Exposição
prolongada e repetida ao sol; Exposição a câmeras de bronzeamento artificial”.
O especialista alerta sobre a
importância de as pessoas ficarem atentas e procurarem um médico ao perceberem
algum sintoma. “Os mais comuns são manchas pruriginosas (que coçam),
descamativas ou que sangram, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor
e feridas que não cicatrizam em quatro semanas”, alertou o Dr. Dauler de Souza.
Tratamento
Em relação aos tratamentos
disponíveis, o médico onco-radioterapeuta explica que, com a em constante
evolução da medicina, há uma diversidade de tratamentos disponíveis.
“Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da
pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da
doença, algumas opções são a cirurgia excisional, a criocirurgia, a cirurgia a
laser e radioterapia”, explicou o radio-oncologista.
Outra questão a ser destacada
é a importância do diagnóstico precoce, que tem influência no tipo de
tratamento a ser seguido. “O tratamento do câncer de pele é menos agressivo
quando descoberto no início. Tanto os carcinomas de pele como os melanomas têm
mais de 90% de chance de cura, porém essa chance diminuiu quando a doença está
em estágio avançado”, disse o dr. Dauler de Souza.
Prevenção
Segundo a Organização Mundial
da Saúde, cerca de 132 mil casos do melanoma são registrados anualmente, com 55
mil óbitos. Mas nem todos os melanomas podem ser evitados. Apesar disso,
algumas ações podem reduzir o risco de ter um melanoma.
“A forma mais importante para
reduzir o risco de melanoma é proteger-se da radiação ultravioleta. Proteja-se
do sol quando estiver ao ar livre, utilizando protetor solar, óculos de sol com
proteção UV, roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas, sombrinhas e
guarda-sol e evitando o bronzeamento artificial”, orienta o médico radio-oncologista
Dauler de Souza.
|Fonte e fotos: Assessoria de
Comunicação